3 min | 24/10/2025 | Matéria
Explorar o interior da Terra é, ao mesmo tempo, um desafio e uma conquista. A mineração subterrânea, também chamada de underground, é um segmento que representa menos volume quando comparado à mineração de superfície, mas possui enorme relevância econômica e tecnológica. É dali, das profundezas, que vêm minérios de alto valor agregado, essenciais à transição energética e ao desenvolvimento industrial global.
egundo Arthur Assis, gerente de contas da Sotreq, esse é um mercado ainda pouco visível, mas de grande impacto, já que a maior parte das mineradoras brasileiras atua na superfície. As minas subterrâneas são menos numerosas, mas trabalham com minérios de alto valor, como ouro, prata e cobre. Isso lhes confere uma representatividade financeira muito expressiva.
No Brasil, muitas das minas subterrâneas em operação hoje têm origem em projetos do início do século XX e são formadas por estruturas artesanais que evoluíram com o tempo.
“Essas minas nasceram com túneis abertos manualmente, por volta de 1900, e estão passando por um movimento de transição. Hoje, a maioria já se profissionalizou, com métodos mecanizados e equipamentos de última geração”, explica Arthur.

As particularidades da mineração subterrânea vão muito além da técnica. Elas envolvem condições extremas de trabalho e cuidados rigorosos com a segurança dos profissionais que passam horas sob a terra — muitas vezes a mais de 1.600 metros de profundidade, o equivalente a um prédio de 200 andares ou até 10 campos de futebol enfileirados, na vertical e para dentro da terra.
“Não é um ambiente comum para o ser humano. Estar 6, 8 ou até 12 horas debaixo da terra exige recursos adicionais que na superfície não são necessários”, observa Arthur.
Para garantir a integridade das equipes, cada profissional trabalha com equipamentos de segurança individual reforçados, máscaras especiais e bolsas de suprimentos e alimentos de emergência.

A complexidade das operações se reflete também nos custos. Quanto mais profunda a mina, maior o investimento necessário em estrutura e tecnologia.
“Não se busca fazer a mina o mais profunda possível, e sim acessar o corpo mineral da forma mais eficiente e econômica. Essa é a lógica que define os projetos dos clientes”, explica Arthur.
Ainda, segundo Arthur, ao se falar do setor de fornecimento de serviços, materiais e equipamentos, a Sotreq é uma das empresas que mais se destaca no ramo.
“A mineração subterrânea é um processo muito específico. Por isso, temos profissionais e consultores dedicados exclusivamente a esse mercado. O objetivo é oferecer suporte técnico sob medida, alinhado à realidade de cada operação”, ressalta

O ouro, a prata e, principalmente, o cobre estão no centro dessa jornada subterrânea.
Eles são os minérios mais desejados e o cobre, em especial, é essencial para a eletrificação e a transição energética. É utilizado em fios, cabos e equipamentos e por isso tem demanda crescente em todo o mundo.
Grande parte dessa produção é destinada à exportação, reforçando o papel do Brasil como fornecedor global de recursos estratégicos. Ao mesmo tempo, as minas subterrâneas continuam evoluindo e incorporando automação, digitalização e práticas de segurança cada vez mais avançadas.
Com presença técnica e estratégica, a Sotreq se consolida como parceira das mineradoras nesse processo de modernização.
“Temos colocado muita energia nesse mercado, com profissionais especializados e soluções que ajudam o cliente a produzir com mais eficiência e segurança. Isso tem nos colocado em posição de destaque ano após ano”, conclui Arthur.
Esta matéria faz parte de uma série especial sobre mineração subterrânea. Fique de olho nas próximas publicações e, se quiser acessar o conteúdo áudio, clique aqui.